segunda-feira, 20 de junho de 2011

INTERAÇÃO “PASTOR X MÚSICO”

Trataremos neste tema sobre as responsabilidades dos pastores em relação aos músicos e dos músicos em relação aos pastores.
Assim como muitos músicos tem demonstrado falhas em relação aos pastores, estes também tem falhado em relação aos músicos, permitindo então, uma "porta aberta" para que tanto músicos como pastores, tomem decisões precipitadas cometendo atitudes incorretas, que são injustificáveis em ambas as partes. Lembre-se sempre de algo a ser considerado: em qualquer ponto de tensão, sempre encontramos dois envolvidos e não somente um. Se não tivéssemos desentendimentos e discórdias não haveria ponto de tensão, mas como existe, ambos os lados são responsáveis.
Vamos falar de alguns aspectos no que diz respeito a estas responsabilidades:
RESPONSABILIDADES DOS PASTORES
1- Não separe um músico para o ministério sem que ele receba a devida preparação e contínua orientação (I Cr 25:1). Não convoque pessoas que não possuem um verdadeiro chamado para atuar no ministério. O fato de “gostar de música” não significa ter um chamado para o ministério de música. Portanto, cuidado para não criar falsas expectativas nas pessoas, pois isso acarretará problemas futuros.
2- Ensine a Palavra de Deus constantemente; não somente sobre temas que envolvem a prática musical e dinâmica de cultos, mas detenha-se em assuntos que forme o caráter do músico; principalmente no início da formação de um ministério de música. É importante fazer reuniões de estudo da Palavra e discipulado (II Tm 2:15). Ajude seus músicos a canalizarem seus sonhos e metas na direção correta, dedicando o tempo para o ensino e a comunhão (Pv 27:17).
3- O pastor não precisa ser músico, mas precisa ter a visão a respeito do ministério de música, senão pode acabar atrapalhando o crescimento dos músicos e da Igreja.
4- Cuide e proteja seus músicos ensinando-lhes a se defenderem contra as armadilhas do inimigo, dando a eles base na Palavra e em experiências vividas. Cuidar e proteger do que? Da vanglória – Ensine a luz da Palavra que este caminho é de derrota e destruição (Pv 16:18; 29:23). Das falsas promessas de fama e sucesso –Ajude em amor e ensine a luz da Palavra qual é o melhor caminho a seguir (I Jo 2:14-17). Das más companhias – Ensine seus músicos que "as más companhias corrompem os bons costumes" (I Co 15:33), e dependendo do tipo de amizade que eles cultivarem, poderão trazer boas ou más conseqüências para suas vidas e ministérios (Sl 1:1-6; Pv 1:10). Muitos músicos perderam seu ministério por causa da influência de más companhias.
5- Algumas maneiras de como um pastor pode apoiar e impulsionar seus músicos é orando, acreditando em seus ministérios, elogiando, incentivando, ajudando financeiramente, investindo em equipamentos de som e instrumentos musicais, oferecendo oportunidades para eles estudarem música, fazerem cursos, participarem de congressos, seminários, enviando-os para realizarem trabalhos em outras igrejas, permitindo contato com outros ministérios para que haja fortalecimento e crescimento. Com certeza, surgirão os bons frutos desta semeadura.
6- Além da reunião de estudo da Palavra, estabeleça reuniões de oração com alvos bem definidos. Estabeleça um tempo de comunhão como passeios, churrascos, jantares, cafés-da-manhã, entre outros.
7- Pastoreie seus músicos, pois eles não são “coisas”, mas são pessoas e também são suas ovelhas. Muitos pastores não conhecem seus músicos porque não se relacionam com eles.
8- Quando for necessário fazer algumas “cobranças”, faça dentro de um equilíbrio, não exija mais do que eles podem oferecer em termos de tempo, disponibilidade, maturidade etc. Seja cuidadoso e prudente, pois não se pode exigir de uma criança um comportamento de um adulto. Seja paciente!
9- Um discípulo se faz tendo seu líder como referência. Para aprender é necessário correção. Os músicos precisam aprender a andar debaixo de autoridade. A autoridade não é imposta e sim conquistada, mas não sendo conquistada acaba virando "tirania". Quando for necessário aplicar alguma correção, faça com amor e não “abandone” seu músico, pelo contrário, traga-o para mais perto. Ore e invista tempo em seu músico para que ele se sinta amado e protegido (Pv 27:23). Não seja radical e intolerante, mas se coloque à disposição para ouvir e ajudar seus músicos. Muitos músicos saíram de alguns ministérios porque foram abandonados por seus pastores.
10- Seja um exemplo vivo. Não mande só fazer, faça na frente, mostre como se faz. Não estou dizendo sobre a técnica musical, mas falo sobre vida, conduta, postura, compromisso, responsabilidade, amor e respeito. O melhor ensinamento que alguém pode dar é sendo exemplo no que fala! (I Pe 5:2-3; I Tm 4:12-16).
RESPONSABILIDADES DOS MÚSICOS
1- Seja submisso à sua liderança. Submissão é uma das características de alguém que já possui um coração regenerado. Portanto, esta pessoa é capaz de submeter-se à vontade de Deus, de seus pastores e líderes, e de seus irmãos (Ef 5:8-21).
2- Tenha disposição para servir. Aprenda a servir com amor sem segundas intenções. O serviço está muito ligado às nossas motivações e interesses. O músico que é um verdadeiro adorador, tem como motivação principal, servir a Deus, aos líderes, à família, aos irmãos e aos perdidos. Sendo assim, o verdadeiro adorador é aquele que tem um coração de servo (Mt 20:26-28; Mc 10:43-45).
3- Seja ensinável, se disponha a escutar, a receber correção e aprender com aqueles que foram colocados como autoridade sobre sua vida. Aprenda a receber as orientações e críticas com um espírito humilde. Quem não é ensinável não pode atuar em nenhum ministério (Rm 13:1-2).
4- Seja fiel, que significa ser leal, honesto e íntegro. Não "jogue sujo" e não seja covarde, mas quando o seu pastor errar, converse com ele de maneira respeitosa, nunca o expondo a outras pessoas. Quem ama protege e cuida. Ame seu pastor (Sl 105:15).
5- Não haja com “estrelismo”, mas seja fiel na sua palavra, nos compromissos, nos horários, nos ensaios, na oração e meditação da Palavra. Infelizmente alguns músicos querem caminhar diferente dos outros integrantes no ministério. Quando percebem que os pastores precisam da ajuda deles, pois não há outra pessoa para ajudar, acabam agindo com estrelismo faltando nos compromissos, não dando satisfação, não cumprindo as obrigações etc.
6- Seja sensível às necessidades e carências do seu pastor. Se coloque à disposição para contribuir e ajudar (Rm 12:13a). Muitos são rápidos para criticar e lentos para cooperar.
7- Seja unido e comprometido com a visão do seu pastor (Am 3:3). Muitos por não andarem na mesma visão da sua liderança acabam causando problemas no ministério.
8- Não tome decisões sozinho. Seja prudente, peça ajuda e conselhos ao seu pastor sobre decisões importantes que você precisa tomar no ministério. Muitos enfrentam problemas no ministério por não escutarem os conselhos dos seus pastores.
9- Valorize o investimento financeiro do seu pastor no ministério zelando pelos equipamentos e instrumentos, se dedicando aos cursos, participando dos seminários etc.
10- Cuidado para não semear contenda no ministério por “não concordar com certas orientações” dadas pelo pastor. Mesmo que você não concorde com os direcionamentos dados, não se rebele, mas ore pelo seu pastor e o abençoe. Aquele que é fiel no pouco sobre o muito será colocado (Mt 25:23).
Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra

terça-feira, 14 de junho de 2011

ADORANDO AO DEUS QUE AMAMOS

ADORANDO AO DEUS QUE AMAMOS
“Eu te amo, ó Senhor, força minha” – Salmo 18:1.

Precisamos dedicar tempo ao Deus que amamos para adorá-lo, expressando a Ele todo o nosso amor, admiração, elogios e gratidão por tudo o que Ele é e faz e pelas bênçãos que já nos foram dadas.

O que é adorar? É ter prazer em glorificar, exaltar a Deus por aquilo que Ele é, por suas qualidades e atributos, expressando todo o carinho, amor, devoção e contemplação pelo ser inefável, incriado, inigualável e incomparável (Rm 11:33-36).

Na adoração expressamos com a nossa boca o que está no espírito de todo o verdadeiro adorador: uma atitude de completa rendição aos pés do Senhor, reconhecendo toda a sua glória, e um desejo intenso de lhe oferecer todo o nosso ser para fazer a sua vontade com o melhor que temos.

Através da adoração confessamos em amor e contemplação aquilo que a Palavra declara que Deus é: Amor (I Jo 4:8), Bom (Sl 119:68), Justo (Sl 11:7), Misericordioso (Dt 4:31), Sábio (Rm 11:33-36), Fiel (Dt 7:9), Grande (Sl 135:5-6), Excelso (Sl 138:6), Bondoso e Compassivo (Sl 145:8), Altíssimo (Sl 97:9), Santo (Sl 99:5), Rei Poderoso (Sl 99:4), Benigno e Longânimo (Sl 86:15), Glorioso e Majestoso (Sl 76:5), Tremendo (Sl 76:7), Pai de órfãos e Juiz de viúvas (Sl 68:5), Rei da Glória (Sl 24:8), Senhor Forte e Poderoso na batalha (Sl 24:8), Senhor dos Exércitos (Sl 24:10), Todo-Poderoso (Gn 17:1), Soberano (I Tm 6:15), Eterno (Gn 21:33), Criador (Is 40:28), Redentor (Is 54:5), Pai (Rm 8:15), Senhor e Salvador (II Pe 3:18) etc.

Por meio da adoração podemos confessar os títulos que a Palavra atribui ao Senhor Jesus Cristo, expressando aquilo que Ele é: Aquele que nos ama (Ap 1:5), Autor da vida (At 3:15), Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12:2), Água da vida (Ap 22:17), Bom Pastor (Jo 10:11), Cordeiro de Deus (Jo 1:29), Cabeça da Igreja (Ef 5:23), Conselheiro (Is 9:6) etc.

Precisamos e devemos também adorar, glorificar e exaltar o Espírito Santo, pois Ele, sendo Deus, possui todos os atributos divinos (At 5:1-4), tendo ainda algumas qualificações específicas pelas quais devemos expressar-lhe amor e admiração: O Espírito Santo é a voz de Deus (Is 6:9-10, At 28:25-27, Jr 31:33 e Hb 10:15-16), o sopro (fôlego) de Deus (Jó 33:4 e Jo 20:22), o poder de Deus (Mq 3:8, Lc 1:35 e At 10:38), o selo de Deus (II Co 1:21-22 e Ef 1:13-14) etc.

Na adoração devemos não somente confessar o que Deus é nele mesmo, mas também o que Ele é para nós: “Tu és a minha rocha, a minha fortaleza, e o meu libertador” (Sl 18:2), “Tu és a porção da minha herança” (Sl 16:5), “Tu és a minha grande alegria” (Sl 43:4), “Tu és a minha luz e a minha salvação, a força da minha vida” (Sl 27:1) etc.

Também devemos adorá-lo por Seu Nome (Sl 8:1), Sua Palavra (Sl 19:7-11) e Sua Voz (Sl 29:3-9). Adoremos em todo tempo ao Deus que amamos!

sábado, 11 de junho de 2011

17 DICAS PARA OS MÚSICOS

1- O músico precisa aprender a se “MIXAR” no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.

2- Todo músico deve treinar PRÁTICA DE CONJUNTO se quiser amadurecer mais rapidamente.

3- A TEORIA MUSICAL é fundamentalmente necessária, mas entre a teoria e a prática há uma distância que poucos querem percorrer.

4- “Um bom médico não é aquele que receita um remédio sem saber o que está fazendo. Um bom músico não é aquele que TOCA SEM SABER O QUE FAZ”.

5- AUTODIDATA – Há um engano no uso deste termo, pois há muitos analfabetos musicais dizendo-se autodidatas (uma desculpa para a preguiça). Autodidata é aquele que estuda sem um professor, mas estuda.

6- Uns falam antes de tocar algo, outros TOCAM ANTES DE FALAR ALGO. Eis a diferença entre “músicos” e músicos.

7- O músico deve aprender a conduzir uma MÚSICA COMO ELA É e não como ele acha que deve ser. Isto é MATURIDADE.

8- Há músicas em que o METRÔNOMO só serve para o primeiro compasso, porque necessitam de uma INTERPRETAÇÃO FLEXÍVEL.

9- A PULSAÇÃO RÍTMICA, bem como o andamento, são para serem sentidos e não ouvidos. Este princípio é para todos os músicos, mas fundamental para bateristas e percussionistas.

10- Acompanhar um cântico é antes de tudo uma prática de HUMILDADE E SENSIBILIDADE. Nas igrejas, geralmente, os músicos querem mostrar toda a sua técnica em hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir, ou seja, economize informações musicais.

11- Há uma tendência atual de supervalorizar a VELOCIDADE DO MÚSICO, quantas notas ele executa por tempo. Velocidade não é sinônimo de bom músico. O bom músico é aquele que tem a sensibilidade de fazer a coisa certa na hora certa. A velocidade é uma consequência.

12- A TÉCNICA deve ser estudada e sempre aprimorada, mas lembre-se de que é um meio de facilitar a execução da música e não um meio de EXIBICIONISMO.

13- Uma boa maneira de aprimorar a interpretação é APRENDER PRIMEIRO A SE OUVIR, DEPOIS EXECUTAR. Tem gente que canta e toca e não sabe o que está fazendo; acostume então a gravar o que é executado e seja autocrítico, estude, grave e ouça o que estudou; com o tempo você encontrará a forma ideal para a sua execução.

14- Lembre-se: PAUSA também é música, portanto, “não sole na pausa”.

15- A música possui três elementos básicos: HARMONIA, MELODIA E RITMO. Procure distribuir os instrumentos musicais no arranjo conforme estes elementos. Há instrumentos harmônicos e melódicos, há somente melódicos, há rítmicos e instrumentos que fazem os três, mas defina no ensaio ou arranjo, quais serão os devidos “papéis” para cada instrumento.

16- A ESCOLHA DO TOM DE UMA MÚSICA depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo que tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Outra observação é que o tom pode influenciar na sonorização da música vocal com acompanhamento. O problema é que muitos confundem. Na música instrumental, a técnica e a expressão são mais exigidas porque as notas devem transmitir algo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.

17- VERSATILIDADE – Procure ser o mais possível. Saiba ouvir vários estilos, do erudito ao moderno, ouça com ouvido crítico e analítico. Saiba ouvir. Extraia coisas boas de cada estilo. Outro detalhe é o músico não ficar “preso” somente ao seu instrumento, saiba apreciar a forma de execução como sonoridade e fraseado de outros instrumentos.

Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ARTISTAS OU ADORADORES ?

"Sede, pois, imitadores (iguais) de Deus..." – Ef 5:1-17.

Vivemos dias difíceis dentro das nossas igrejas. Muitos pensam que estamos vivendo um grande avivamento. Na verdade, confundimos avivamento com “movimento” ou “animamento”, ou seja, pensamos que templos cheios, grandes shows e grandes eventos, são sinônimos de grande e poderoso avivamento!

Muitos líderes se preocupam com seus "bolsos", inibindo a Sã Doutrina e “sufocam” a glória de Deus; permitem que pessoas saiam dos cultos vazias sem preparação e unção para enfrentarem as adversidades. Muitos abraçaram a obra de Deus mas não o Deus da obra, conhecem a história de Jesus mas não o Jesus da história. Para manter uma igreja cheia permitem que a adoração ao Senhor seja mesclada com costumes que vão contra a Bíblia. Infelizmente, as nossas igrejas estão cheias sim... de pessoas vazias!

Outros têm trazido para dentro das nossas congregações modelos do mundo, em outras palavras, “saíram do mundo”, mas o mundo não saiu dentro deles! Na área da música, tem sido algo visível, quando muitos dos chamados “músicos cristãos” tem trazido a realidade do mundo e a prática secular para dentro das nossas igrejas, é o comportamento, o estilo de vida, os conceitos, os valores, etc.

O avivamento começa pelo quebrantamento, pelo arrependimento, pela mudança de mente e coração! Precisamos orar, clamar e pedir ao Senhor para que venha sobre nós um verdadeiro avivamento, então seremos transformados! “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Cr 7:14).

"Artistas"... Modelo do mundo

Como mencionei, muitos músicos chamados "cristãos", tem imitado modelos do mundo sem Deus, querem ser conhecidos como “artistas” e “pop stars”! Imitam artistas seculares, são orgulhosos, soberbos, exigentes e egoístas. Buscam plataforma e visibilidade, querem ser reconhecidos, se consideram “estrelas” e querem “brilhar”! Muitos destes músicos deixam seus pastores e líderes cansados e incomodados com suas atitudes e formas orgulhosas de serem. Se nos encaixamos neste modelo, devemos saber o que a Bíblia nos declara: "A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra” (Pv 29:23).

Ao Senhor pertence o louvor e todo o reconhecimento: "... o louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém" (Ap 7:12).

"Adoradores"... Modelo de Deus

O Pai está procurando os verdadeiros adoradores (Jo 4:23). O músico que é um verdadeiro adorador não é um "estrela" e também não tem nenhum tipo de compromisso com este tipo de reconhecimento, mas é um salmista, ministro do altar, submisso, servo e homem de Deus. Não tem compromisso com a glória do homem, mas sim com a glória de Deus. É aquele músico que além de executar bem a sua arte, é consagrado a Deus e separado para Ele; e com certeza, sabe a respeito da necessidade que há da unção do Espírito Santo em sua vida, assim como em sua música. É um músico aprovado por Deus e pelos homens, pois os seus frutos o acompanham! “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar...” (II Tm 2:15). Observe o exemplo de Davi no livro de I Sm 16:14-23 – era aprovado por Deus e pelos homens.

Jesus... Modelo de adorador

1- Jesus não buscava reconhecimento e glória. Não buscava seus interesses e benefícios pessoais (Mt 4:8-10).

2- Jesus era obediente a voz do Pai (Fp 2:8).

3- Jesus tinha compaixão pelas pessoas e por isso as resgatava para o reino de Deus (Mt 9:35-36).
Este é o principal desafio para nós, músicos cristãos, sermos imitadores do nosso melhor modelo de adorador que é Jesus! Sejamos imitadores de Cristo!

Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra

terça-feira, 7 de junho de 2011

A ARTE DA COMPOSIÇÃO

Composição musical, provavelmente é a mais bela dentre as artes. Ela é a que mais expressa o sentimento humano em relação a Deus, a vida, as pessoas, etc. Além de ser uma arte, fruto do talento dado por Deus, constitui-se um dom especial para um fim determinado.

Invariavelmente, a composição está ligada a uma experiência pessoal. Quando se trata de um dom natural, o compositor consegue através da melodia e da letra transmitir com precisão e beleza, os sentimentos registrados em suas experiências.

Há um detalhe interessante a ser observado. Um fenômeno ocorre - em nosso meio - com pessoas que mesmo não tendo o "dom", são capazes de compor ainda que de maneira simples, aquilo que resulta de suas experiências com Deus, a propósito do que diz o Salmo 40:2-3: "pôs um novo cântico na minha boca", e o Salmo 45:1: "o meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante ao Rei: a minha língua é a pena de um destro escritor".

Tal fenômeno em parte se explica pelo fato de que, segundo pesquisa, 90% das pessoas são musicalmente afinadas!

Analisando a questão dentro da realidade cristã, vamos notar que a história da Igreja tem sido escrita, o longo dos anos, através da música também e esse é o ponto no qual devemos nos deter.

Talvez seja interessante fazermos algumas perguntas. Por exemplo, o que torna a música cristã tão diferenciada? Como se explica sua explosão em escala mundial? E o surgimento de tanta gente talentosa ao redor do mundo, oferecendo uma música de qualidade? As respostas obteremos observando princípios básicos que regem o mundo da música.

A INSPIRAÇÃO

Sem dúvida, a inspiração é um dos principais elementos no processo de composição. Sem ela, torna-se sem sentido qualquer trabalho musical. Costuma-se dizer que quando a música é inspirada, ela "gruda" na gente. No meio cristão, quando a música de fato é inspirada, somos profundamente marcados por ela.

Quantos de nós não tivemos uma experiência em que Deus falou fortemente conosco e ali fomos tocados, ungidos, quem sabe até curados?

Minha vida e ministério tem sido o fruto de cânticos que me marcaram profunda e definitivamente.

FONTE DE INSPIRAÇÃO 

A inspiração procede de uma fonte. Todo compositor "bebe" de uma determinada fonte. Eu não conheço fonte melhor e mais fidedigna além do Senhor e sua Palavra.
Em Deuteronômio 31:19, Deus "instrui" a Moisés sobre a composição de um cântico que deveria ser um testemunho contra os filhos de Israel para se lembrarem do Senhor e da sua aliança.

Para mim, essa passagem deixa claro o propósito divino com relação a música cristã: apresentar a vontade de Deus aos homens, para que se lembrem dele e da sua aliança. Nesse caso vemos também a música como instrumento de comunicação divina aos homens. Note-se a responsabilidade de Moisés no sentido de ser fiel em transmitir o que recebera de Deus. Nossos compositores precisam ganhar a consciência de que tem uma missão divina no exercício do seu dom, para o qual se requer total fidelidade. Por isso é preciso estar em ininterrupta sintonia com o Pai. Ele e sua Palavra são fontes seguras para aqueles que receberam o dom de compor.

TRANSPIRAÇÃO

É um fator importante no processo de composição. Transpiração é fruto da observação dos fatos e circunstâncias que nos cercam. Davi nos oferece exemplos variados de como isso acontece em muito dos salmos que escreveu. O salmo 23 é uma feliz combinação entre a inspiração e a transpiração. Ali ele descreve sua relação com o Senhor representando um pastor e seu cuidado para com sua ovelha. A transpiração aqui foi aplicada com base no fato de que Davi era um pastor de ovelhas.

COERÊNCIA BÍBLICA 

Gostaria de fazer uma pergunta: Nós compositores temos tido o cuidado com a biblicidade das nossas composições? O que se ouve nas rádios é biblicamente coerente? Existe diferença entre o que se compunha no passado, comparado as composições de hoje?

É importante sabermos que a composição não alinhada com as verdades bíblicas não tem nenhum sentido. Nossos temas, letras e poesias tem de ser bíblicos. Sabe por quê? Porque a música é um excelente instrumento de pregação do evangelho, e essa é uma boa razão de sermos coerentes com a Bíblia quanto as nossas composições.

JESUS, O TEMA DOS TEMAS

Falar de Jesus e transmitir seu amor é a missão mais sublime conferida aquele que é um discípulo. Como compositor não encontro tema mais empolgante para explorar do que Jesus. É o assunto mais importante da Bíblia. O segredo de ser um compositor sempre inspirado é ter conhecimento de Jesus e cultivar um relacionamento íntimo com o Senhor. O apóstolo Paulo disse que "nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Cl 2:2-3).

Os grandes autores do passado adotavam Jesus como tema principal de suas obras. A composição mais conhecida de Bach é "Jesus alegria dos homens". De Hendell, o "Messias". É de se esperar que no final dos tempos, cresça o número de composições sobre Jesus como uma expressão de amor da noiva que anseia pelo encontro com o Noivo que breve voltará!

Escrito por Adhemar de Campos 

O QUE É UM MINISTÉRIO ?

“Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério”  I Tm 1:12.
Segundo definição do dicionário Aurélio, ministério é cargo, incumbência, cumprir os deveres do seu ministério, o ministério cristão. Trata-se, portanto, de um serviço que se presta a outros.
Devemos compreender que um ministério não é algo em que nós deliberadamente nos colocamos. É somente Deus e o Seu Espírito Santo que pode conceder um ministério: “Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação” (II Co 5:18).
O ministério não é nosso. Não somos detentores do ministério, não é algo que possuímos. Nós fomos colocados no ministério do Senhor, por Ele mesmo, porque fomos achados fiéis, e porque nos foi concedida misericórdia de Sua parte (II Co 4:1). Deus jamais permitirá que infiéis e injustos permaneçam no seu ministério: “Tu não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus”(At 8:21). Todavia usará de misericórdia com aqueles que sinceramente desejam servi-lo, com o pouco que tem.
Qualquer capacidade para o ministério não é proveniente de nossa formação intelectual, seja ela qual for. Consideremos que existia alguém com formação intelectual, este era Paulo. Era mestre na escrituras judaicas, instruído aos pés de Gamaliel, conhecedor da lei de Deus como ninguém, e de muitas disciplinas acadêmicas, haja visto a linguagem e o teor profundo de suas epístolas. Todavia, o mesmo Paulo declara:“Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez também capazes de ser ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (II Co 3:5-6).
Assim, pois, de quem é este ministério? Consideremos o que diz II Coríntios 3:7-11: “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória. Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece”.
Fica claro que o ministério é do Espírito Santo. Não somos nós que decidimos o que fazer, quando e de que forma, mas necessitamos da direção do Espírito a fim de realizarmos o trabalho que Ele tem para nós, pois o ministério é dele. Ele fala através de nós. É o tesouro em vaso de barro (II Co 4:7). É verdade que somos limitados e finitos, mas aprouve a Deus colocar em nós Seu Espírito, manifestar-se a nós e através de nós.
O próprio Jesus não iniciou seu ministério sem antes o Espírito Santo descer sobre ele. Antes disso, ele não pregou, não curou ou exerceu qualquer serviço. Isto nos leva a refletir sobre nossa posição atual. Se iniciarmos um ministério, um serviço a Deus, sem convicção do nosso chamado, ou se, no desenvolvimento da nossa vida espiritual, começamos a participar em algum ministério, mas não buscamos em Deus uma Palavra que confirme este chamado, e nos firme nele, certamente corremos o risco de naufragar. Podemos observar que não são poucos os cristãos que começam algo e não concluem, ou não chegam a lugar algum, encontrando sempre uma justificativa para sua desistência.
Consideremos que o desejo de Deus é nos fazer participantes do ministério do Seu Espírito Santo, pois para isto mesmo ele “... subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens” (Ef 4:8). “A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (I Co 12:7). Assim sendo, há um lugar para todo cristão que sinceramente deseja servir ao Senhor, com um coração reto.
Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra